Muffys, não Muffins!!!

A viagem em busca do título (perfeito) para um blog pode transformar- se numa verdadeira expedição pelos recantos mais íntimos das nossas inspirações e das nossas memórias, e não é, nada mais nada menos que a tentativa de responder à pergunta: o que é que me inspira? Iniciei esta viagem pelas memórias. Da infância. Da casa da tia Julieta em Tavira e do cheiro a figos, a amêndoas e de trepar à alfarrobeira com os primos. E como não há nenhum algarvio que não tenha um pezinho em Marrocos vagueei pelo Oriente, pelos perfumes e aromas que nos deixaram em herança ( para além das mouras encantadas!). E do Oriente, da Índia, veio o meu sonho mais sonho, veio o amor verdadeiro (... e o tempero da sogra!). E foi desta magia oriental que nasceram as minhas inspirações que têm (por coincidência) alcunha de guloseima: Muffy (diminutivo carinhoso de nome de pestinha), quase tão docinha como um muffin, mas muito, muito mais apimentada; e Brownie, tão docinha, tão apaixonada por chocolate que o tom da sua pele quase reflecte o tom dourado da guloseima. São elas que me inspiram e me incentivam a ser feliz todos os dias! Muffy e Brownie!



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cenoura, nozes, canela e oliveiras de Moura





    No final deste Verão, para colocar um ponto final nas férias e no descanso, o meu excelentíssimo teve um acesso de portuguesismo e declarou inadiável uma viagem para conhecermos o Alqueva. Com muita razão,  pois nada explica que, uma das maiores obras da engenharia moderna ainda estivesse no rol dos desconhecidos de cidadãos tão ciosos da sua portugalidade, quando por toda a Europa é considerada uma obra de destaque. Mal ele sabia que, no início do Outono, a nossa portugalidade iria ser posta à prova...
   Bom, e então lá fomos nós, percorrendo caminhos de oliveiras sem fim com destino a Moura. Aí sentimos o conforto de sermos acolhidos pelo sol reflectido na cal das paredes brancas; a familiaridade de ter toda a gente na rua, quer de dia, quer de noite e o calor que a terra exala.
   Para a noite escolhi um  turismo rural, quase ao acaso, que se revelou uma escolha perfeita, como se andasse há meses há procura do sítio ideal. Ficámos na Horta de Torrejais. Horta porque, para além das casas, recuperadas há pouco com extrema simplicidade e bom gosto,  existe uma propriedade imensa com todo o tipo de árvores de fruto, de vegetação e uma presa por onde passa um riacho.  Sem esperar, passámos uma tarde relaxante (q.b., não se esqueçam que fomos acompanhados pelas ferinhas), à beira de uma piscina inserida na vegetação da Horta. Foi aqui que, na manhã seguinte, ao pequeno- almoço nos foi servido, com a simplicidade dos linhos brancos e imaculados de uma casa típica alentejana, um bolo de uma textura suave marcada pelo crocante de pequenas nozes e sarapintado com o laranja da cenoura. A prova de que as coisas simples podem, de facto, ser encantadoras. Não querendo ser perguntadeira, não me atrevi a pedir a recdita, mas não descansei enquanto não encontrei uma receita que me ajudasse a reproduzir aquela maravilha ( encontrei no forumbimby, uma receita da Staparício: http://www.forumbimby.com/receita.php?recid=2351&catid ).

Bolo de nozes, cenoura e canela
1 chávena de óleo
2 chávenas de açúcar
2 chávenas de farinha
2 chávenas de cenoura ralada
1 chávena de nozes picadas
5 ovos
1 colher de sopa de canela
1 colher de chá de fermento

Ralar as nozes durante 20 seg, velocidade 5 e reservar.
Ralar as cenouras na velocidade 5, durante 20 seg. e adicionar os restantes ingredientes, incluindo as nozes já picadas.
Programar 2 min, velocidade 4.
Leve ao forno pré-aquecido a 180º, durante 45 min.

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