Muffys, não Muffins!!!

A viagem em busca do título (perfeito) para um blog pode transformar- se numa verdadeira expedição pelos recantos mais íntimos das nossas inspirações e das nossas memórias, e não é, nada mais nada menos que a tentativa de responder à pergunta: o que é que me inspira? Iniciei esta viagem pelas memórias. Da infância. Da casa da tia Julieta em Tavira e do cheiro a figos, a amêndoas e de trepar à alfarrobeira com os primos. E como não há nenhum algarvio que não tenha um pezinho em Marrocos vagueei pelo Oriente, pelos perfumes e aromas que nos deixaram em herança ( para além das mouras encantadas!). E do Oriente, da Índia, veio o meu sonho mais sonho, veio o amor verdadeiro (... e o tempero da sogra!). E foi desta magia oriental que nasceram as minhas inspirações que têm (por coincidência) alcunha de guloseima: Muffy (diminutivo carinhoso de nome de pestinha), quase tão docinha como um muffin, mas muito, muito mais apimentada; e Brownie, tão docinha, tão apaixonada por chocolate que o tom da sua pele quase reflecte o tom dourado da guloseima. São elas que me inspiram e me incentivam a ser feliz todos os dias! Muffy e Brownie!



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Varicela II, III, IV,...

    Pois tal como visto e previsto... Muffy não o permitiu. Eu ando há cinco anos a ensinar a lição da partilha à minha filha mais velha e, como menina bem ensinada aí está... Muffy com varicela e eu mais uma semana em casa! Mas não, enganam- se aqueles que pensaram: "mais uma semana de férias , ummm? foi só cozinhar, ler, dormir,...que bela vida!!! Mas não!  Muffy não é assim. Como eu já tinha dito antes, Muffy é de outra cepa. Daquela raça que tanto dá o abraço mais sentido e apertado, como grita até que os vizinhos fiquem na dúvida se hão- de ir dar um passeio até que o som adquira decibéis suportáveis ou chamar a Protecção Infantil. Muffy é das duras...mas é também das genuínas de sentimentos: ali nada falha, nada se esconde: quando gosta, ri e beija; quando não gosta chora e arranha. Muffy dá luta...mas também dá outras coisas: beijos demorados, gargalhadas que limpam a alma e carinhos melosos.

    Portanto, os cozinhados foram-se fazendo, as fotos tirando (e inventando um bocadinho)... e os post adiando.

    O streusel de maçã também se fez. E, à primeira foi uma desilusão: eu tinha imaginado um bolo grande  e imponente, daqueles bolos da avó que tentam fugir da forma. Mas mein streuselsito não arredou pé do fundo da forma e ficou assim: um misto de tarte fofinha, com uma camada tímida de maçãs ( as mosquinhas da fruta tiveram, afinal, o seu banquete, mas foram tão discretas que ninguém diria que aquelas maçãs vermelhinhas estavam praticamente todas com furinhos escuros) e com uma linda cobertura que se adivinhava crocante.

    Mas muitas vezes a vida é assim: dá- nos o melhor quando estamos à espera do pior ! E aquele bolito pequenito valeu cada fatia pelo seu sabor, pela mistura suave do perfume a maçã com o crocante das nozes, perfumado da canela e doce das macias maçãs.

    O meu nutricionista que não nos leia, mas testei por várias vezes o sucesso da combinação!

    Ahh!Sim! Só para terminar! Toda a minha desilusão inicial tinham sido de evitar, caso os meus conhecimentos linguísticos fossem além das línguas românicas... Eu estava desconfiada que a chave do mistério do bolo encolhido residia na tradução da palavra streusel.E não é que tinha razão? Se eu soubesse que streusel significa crumble,  nunca estaria 45 min. a olhar para o forno e a perguntar: mas tu não cresces?

 

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